Não faltam pessoas para dizer que você precisa emagrecer, mas são poucas as que explicam como perder peso, e te guiam nessa jornada para vencer a obesidade. Menor ainda é a informação de como atingir o objetivo de forma saudável, duradoura e sem atalhos. Apesar de óbvio, sempre se fala em fazer exercício físico e consumir menos calorias. Chega a ser cansativo, e uma afronta contra a nossa inteligência quando repetem o mesmo infinitas vezes.
Entretanto, ninguém orienta sobre como podemos resistir à vontade de comer doce, quando já estamos exaustas no fim do dia. Também poucos sabem o segredo para “criar coragem” e, principalmente, vontade, para fazer atividade física frequentemente. E muitos lutam contra a ansiedade, bem como têm dificuldade em evitar beliscar comidas gostosas e crocantes para acalmar os nervos.
A jornada não é fácil, porque lutar contra a balança também diz respeito a lidar com emoções e desenvolver estratégias de comportamento. Emagrecer é sobre mudar de vida, é sobre melhorar a autoestima. Não porque assim ficamos mais bonitas, mas porque provamos que somos capazes de alcançar aquilo que desejamos. E não só, emagrecer é questão de saúde, quando estamos em um quadro de obesidade.
O que é obesidade? E por que devo me preocupar em tratá-la?
A obesidade é uma doença crônica, que pode influenciar no surgimento de outras doenças associadas. Mas, diferente do que muito se pensa, o excesso de peso por si só (IMC acima de 30) já configura obesidade, mesmo que ainda não tenha desencadeado outros quadros patológicos.
Ela é caracterizada pelo excesso de gordura, e é dividida em níveis. Temos pelo menos três graus de obesidade, sendo:
- Grau I (entre 30 e 35 Kg/m²);
- Grau II (entre 35 e 40 Kg/m²);
- e Grau III (entre 40 e 50 Kg/m²).
Já acima de 50 temos uma superobesidade, antes conhecida por Obesidade Mórbida, termo que já não é mais utilizado.
Além de crônica, é uma doença multifatorial. Entre as causas, temos:
- Sedentarismo;
- Alimentação: consumo de excesso de calorias, de alimentos ultraprocessados, ricos em gorduras, açúcares, sem o equilíbrio nutricional necessário;
- Genética: quando ambos os pais possuem obesidade, a probabilidade de os filhos virem a desenvolver o diagnóstico pode chegar a 80%. Quando apenas um dos pais é obeso, a probabilidade cai para 50%, o que ainda representa um valor alto;
- Fatores hormonais, e outras doenças base.
Segundo dados atualizados da Organização Mundial da Saúde (2023), temos cerca de 1 bilhão de pessoas com obesidade no mundo hoje. E quando falamos em sobrepeso, os números são ainda mais altos. No Brasil, estima-se que cerca de 60% das pessoas tenham sobrepeso, e que pelo menos 1 em cada 4 adultos esteja com obesidade. O maior aumento ocorreu nos últimos anos, e a estimativa é que os números continuem subindo cada vez mais – acredita-se que o Brasil chegue a ter 41% da população com obesidade até 2035. E para aumentar a nossa preocupação, temos a informação de que a obesidade entre crianças e jovens também está crescendo.
Quais são os riscos e prejuízos da obesidade?
Os prejuízos são diversos. Primeiro, obesidade aumenta a probabilidade de desenvolvimento de doenças como diabetes, hipertensão e doenças cardíacas. O excesso de gordura abdominal possui correlação com transtornos depressivos. Também é responsável por cerca de 5% de mortes evitáveis no mundo – aquelas mortes que são atribuídas a fatores de risco comportamentais que são modificáveis. Dentre as doenças que possuem correlação com a obesidade, identificamos mais riscos de mortes que poderiam ser evitadas – pressão alta (13%), nível elevado de açúcar no sangue (6%) e inatividade física (6%).
Para complementar, encontramos prejuízos financeiros: acredita-se que em 2035 o impacto financeiro, apenas no Brasil, do sobrepeso e da obesidade pode chegar a R$ 390 bilhões.
Qual é o objetivo desse projeto?
O nosso objetivo, através deste blog, é ajudar todas e todos que estão buscando tratamento para superar a obesidade, bem como aqueles que não têm o diagnóstico da doença, mas estão em sobrepeso. Queremos auxiliar você a perder peso, de forma saudável. Buscamos ajudá-los a iniciar a jornada para vencer a obesidade e o sobrepeso.
Portanto, todas as semanas iremos postar textos, com dicas e exercícios para o emagrecimento, através de protocolo científico baseado em evidências. A psicologia para o emagrecimento será nossa base principal. Mas não basta apenas ler, você deverá pôr em ação as atividades propostas. Se seguir o protocolo, ao fim do período as mudanças serão visíveis.
E o melhor: todos os conteúdos e materiais são gratuitos. Basta você acessar, de tempos em tempos, o blog e colocar em ação o proposto.
Quanto tempo leva, em média, o projeto?
Depende do quanto você irá se esforçar e colocar em prática as atividades. Também depende de quantos quilos acima do ideal você está. Poderá levar, em média, um ano, desde o primeiro passo da jornada para vencer a obesidade e perder peso até ter um resultado significativo. Mas lembre-se: a obesidade é uma doença que não tem cura, portanto os cuidados aprendidos aqui deverão ser mantidos para o restante da vida. Por isso as mudanças não podem ser drásticas, porque você precisa sustentá-las pela vida inteira.
Por que criamos o projeto?
Para proporcionar informação e ajuda gratuita a todas e todos que estão buscando vencer a obesidade e perder peso. Sou formada em psicologia, com pós-graduação em Transtornos Alimentares, formação em Terapia Cognitivo-Comportamental e Formação em Comportamento Alimentar. Amo esse tema, passei por um processo de emagrecimento durante a pandemia e espero conseguir ajudar o maior número possível de pessoas a atingirem seus objetivos.
Seguir e participar do projeto não elimina a necessidade de buscar ajuda médica, nutricional e psicológica!
Estão preparadas/os para começar?